OS JOGOS DE PODER EM RELACIONAMENTOS CONJUGAIS: SOBRE AS PESSOAS QUE TÊM A NECESSIDADE DE SE SENTIREM SUPERIORES

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Nomeado a partir de um monstro bíblico, Leviatã trata da organização da sociedade. Para Hobbes, o homem em “estado natural” desconhece as leis e a idéia de Justiça. Todos têm direito a tudo e, para conseguir o que desejam, lançam mão da força e da astúcia. A conseqüência é a “guerra de todos contra todos”. A única forma de refrear essa guerra seria realizando o pacto social, quando todos abrem mão de seu direito em nome de um único soberano.

Resumindo, coloquei o Leviatã aqui somente como representação do poder, uma coisa tão almejada em alguns tipos de relacionamentos. Mas dá pra fazer uma referência a certas pessoas como seres em estado de natureza, bem como Hobbes trata lá no livro. Dá também para comparar os jogos de poder em um relacionamento com “a guerra de todos contra todos”. Enfim, lê o texto que tu entende.

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Essa história de que em um sentimento que perpassa um relacionamento sério só existe maravilhas, que o sentimento dos cônjuges é algo efetivamente lindo e que um amor verdadeiro e perfeito é possível, sendo este desprovido de qualquer maldade, malícia ou elementos quaisquer que sejam negativos é a maior das balelas. Um relacionamento é um jogo de poder ou é uma relação de submissão; raramente essas duas situações não existe, caracterizando assim uma neutralidade.

            No jogo de poder existente em um relacionamento nem sempre os dois cônjuges jogam. Falando na linguagem básica de quem joga videogames, as vezes só tem um controle, então um joga e o outro olha. Isso acontece quando você tem uma pessoa geniosa e outra mais submissa, que acata a tudo, que aceita todos os tipos de situação de maneira passiva ou inerte. Mas quando você tem duas pessoas “geniosas” em uma relação, aí a coisa esquenta e você consegue perceber claramente o jogo de poder. No terceiro caso, na relação neutra, não há jogos de poder e nem submissão permanente, o que seria o ideal.

A partir de hoje você vai parar por dois minutos para pensar se no seu relacionamento há uma disputa de poder ou uma relação de dominação ou, para a sua felicidade, pode ser uma relação neutra – caso seja, fique feliz! Vamos ver então, o que há em cada um destes casos.

  1. JOGOS DE PODER – Em que consiste então este jogo de poder em um relacionamento? Ora, é bem simples: Ambos querem ser o indivíduo dominante na relação. Que bonito isso, hein? Sim, estamos falando de um relacionamento conjugal, não de uma disputa eleitoral!

            Como assim, ser o indivíduo dominante? Este tipo de pessoa que busca ser o “dominante” deve ter sido maltratada pelos pais na infância ou não deixaram ela brincar no parquinhos com as outras crianças, ou ainda devem ter roubado o seu brinquedinho preferido, pois ela tem um vazio enorme, assim como uma angústia aterrorizante que a faz entrar em um relacionamento conjugal para subjugar o outro na tentativa de se afirmar como a “cabeça da relação”. Agora imagine a “puta” situação onde tem duas pessoas cheias de patologias psicológicas como estas em uma relação! Aí está um jogo de poder em um relacionamento: Duas pessoas problemáticas, um procurando estar acima do outro para se sentir seguro.

            Cara, não é necessário alguém estar acima de outro para se sentir bem consigo mesma! Isso mostra uma mente doentia, ou duas, o que é pior. Se você que está lendo se identificar com esse caso, procure tratamento, você tem problemas. Veja bem, isso é um problema de uma pessoa mal resolvida, de uma pessoa que não se sente bem consigo própria ou com a vida que tem, por isso ela busca estar acima (obviamente, colocando o outro para baixo) para poder se sentir bem, segura, tranquila. O pior de tudo é quando esta infeliz pessoa só consegue se sentir bem quando o outro está mal. Por Zeus, isto é bizarro, porém, há tratamento.

            Bom, esta infeliz pessoa geralmente usa todo o seu poder intelectual, todas as formas de observação e uma investigação rigorosa, se brincar toma misturas preparadas em laboratório para aguçar mais a sua atenção (exagerei nessa) para poder perceber o que deixa a outra pessoa mal, angustiada, fora do eixo, desequilibrada para criar uma brecha na fraqueza do outro e poder sair de superior. É muita energia gasta para fins inúteis. Essa pessoa poderia usar a sua inteligência e criatividade para algo produtivo, isto é certo. Pois bem, esta infeliz pessoa usa a sua criatividade bolando planos sinistros, forçando situações, manipulando fatos e pessoas para criar algo que atinja o outro justamente para que ele se desequilibre, fique mal, caia em um momento de fraqueza. Enquanto isto o doente mental está se sentindo bem, mesmo que não demonstre por fora, mesmo que não transpareça.

            Pois bem, o indivíduo doente que necessita de auto afirmação e da fraqueza do outro para se sentir bem, pode ser bom em encenação também. Então cuidado. Além disso, o cinismo, o sarcasmo ou até a falta de escrúpulos podem estar presente nas atitudes desta pessoa que infelizmente é afetada por uma grave patologia mental. Muito cuidado com este tipo de pessoa, a sua função é acabar com a felicidade das pessoas com quem ela se relaciona – mesmo que afirme o contrário –, ela busca ficar bem às custas dos outros, por isso é egoísta, egocêntrica.

  1. A SUBMISSÃO E JOGOS DE PODER – Acima tratei do caso de dois indivíduos doentes psicologicamente, os quais não se sentem bem com a própria condição e por isso buscam fazer os outros fraquejarem com seus planos maleficamente articulados, justamente para se sentirem bem. Na verdade, eu falei de uma pessoa, mas é suficiente para entender que no jogo de poder há duas pessoas deste tipo. Veja bem, foi também importante explicar o caso de uma pessoa só por conta de que no caso da submissão apenas uma pessoa é do tipo que foi explicado, enquanto que a outra não participa do jogo de poder.

            Imagine que uma pessoa normal psicologicamente (sem as características da pessoa doentia que se esforça para estar acima do outro na relação) tragicamente começa a se relacionar com um doente que provavelmente não teve uma infância sadia. Pobre desta pessoa. Ela deveria ter consultado uma cartomante antes (essa foi brincadeira). Pois bem, esta pessoa normal pode ter duas características dominantes, a sensatez ou a submissão. Vamos pensar desta maneira e ver o que pode acontecer em cada um dos casos:

a) Quando uma pessoa sensata se envolve com uma pessoa que procura se afirmar na relação, assumindo que ela seja de fato sensata, se ela perceber a jogada do outro, com certeza, ela irá abandonar esse relacionamento. Isto é uma atitude sensata. Porém, pode haver de a pessoa sensata ser esperançosa e procurar remediar a situação, mostrar ao outro que nem todo mundo é seu inimigo querendo roubar seu brinquedinho preferido e que ela não precisa agir sempre na ofensiva como um bicho selvagem. Não quis ofender os bichos selvagens, juro. Mas se pensarmos bem, a pessoa que procura se afirmar no relacionamento é bastante primitiva; Acho que o cérebro reptiliano é predominante nela. Pois bem, voltando à questão. Uma pessoa sensata, creio eu, deve poder, com muita paciência mudar a cabeça de um indivíduo com necessidade de ser “dominante”, mas deve ser uma missão extremamente cansativa e penosa.

            Na tentativa de a pessoa sensata mudar a cabeça do que necessita ser “dominante” ela acaba se submetendo a aceitar as loucuras provenientes dos planos maléficos deste indivíduo doente. E mesmo que o indivíduo sensato não aceite, muitas vezes ele se força a compreender as atitudes do doente, ou melhor, iludir-se com um “lado positivo” da situação criada pelo doente (se é que existe lado positivo) ou então ele faz EPOCHÉ, suspende o juízo, não emite qualquer julgamento sobre o caso, dá uma de filósofo helenístico e procura ver a situação simplesmente como uma situação qualquer – nem boa e nem ruim – para permanecer imperturbável. O pobre faz isso para o relacionamento sobreviver, com a esperança de que as coisas melhorem mais na frente, ou melhor, que o doente se trate e amadureça.

            É válido acreditar que as pessoas podem mudar, mas que é dose lidar com este tipo de pessoa doente, com certeza é sim. Só tente causar a impressão de que a pessoa doente não precisa s esforçar nesta busca de ser “dominante” se você tiver muita paciência, pois você vai precisar. Uma dica para quem pretende se lançar nesta empreitada é encontrar qual é o vazio desta pessoa, qual é a angústia que a afeta, qual é a dor que ela sente, o que é que baixa a estima desta pessoa a ponto de ela precisar ver os outros em momentos de fraqueza para ela se sentir forte.

b) Vamos fazer um exercício de imaginação outra vez: Imagine uma pessoa que tem uma baixíssima estima, que é calma, tranquila, não discute, tem dificuldades para tomar decisões ou questionar decisões dos outros. Meu triste a situação desta pessoa, certo? Pra ficar mais triste, imagine que ela se envolve com um doente dos que foram descritos acima! Meu Deus, salvem esta pessoa. Esta pessoa é o sonho de consumo de uma pessoa que quer se impor como dominante. O motivo é óbvio, esta pessoa não representa uma concorrência na disputa de poder dentro do relacionamento e pior, é passiva, submissa. Por favor, submisso, pelo seu bem, corra para as colinas (zoei)!

            Se uma pessoa submissa tiver tendência à depressão, esta pessoa está com os dias contados, principalmente se o doente for alguém sem escrúpulos, já pendendo para a psicopatia. Cara, a pessoa submissa com alguém deste tipo é como ratinho no recipiente de criação de cobra (com uma cobra dentro, lógico), ela está em perigo! DANGER, DANGER!

            Pode-se dizer que esta é uma relação com duas pessoas doentes, a diferença é que do submisso temos pena pela condição de coitado, de sofredor em que cairá, já do indivíduo que tem necessidade de dominação sentimos repulsa, também pela sua conduta que procura gerar sofrimento nos outros para, em contrapartida, ele se sentir bem. São, na verdade, dois extremos de comportamento. E, como se sabe, coisas extremas tendem a não serem muito boas, são sinônimo de desequilíbrio. Mais Aristóteles nesse povo, please!

  1. A RELAÇÃO NEUTRA – Quando coloco aí o termo “relação neutra” é só você pensar em neutro relacionado ao jogo de poder, ou seja, o jogo de poder não é permanente. Falo que ele não é permanente pelo fato de sempre haver em um momento ou em outro uma disputa de poder por algo dentro de um relacionamento. Porém, esta disputa não necessita ser doentia, como quando há alguém mal resolvido, cheio de patologias psicológicas desejando a todo momento colocar o outro para baixo para poder se sentir bem.

            Na relação doentia de jogo de poder existe uma guerra indireta, não declarada, e esta guerra é permanente. Os indivíduos até vivem momentos bons, possuem um sentimento bom pelo outro, mas têm sempre um pé atrás com relação a diversas coisas que deveriam até ser essenciais em um relacionamento. Essa porcaria de relacionamento você pode comparar àquela cena clássica do abraço para apunhalar pelas costas. O abraço representa o sentimento bom que ainda existe no relacionamento (depois vou explicar em outro texto sobre este sentimento), mas o indivíduo está com uma arma na sua mão, ou seja, com o pé atrás, preservando a intenção de fazer mal ao outro a qualquer momento. Isso não é sadio. Agora, para você entender esta questão do relacionamento neutro só é você partir da ideia que de estas coisas que acabaram de ser citadas não estão presentes.

            Então, o que caracteriza o relacionamento neutro?

a) Duas pessoas bem resolvidas que entram em um relacionamento com a intenção de um fazer bem ao outro. É um relacionamento composto pela ausência da necessidade de fazer mal ao outro para se sentir bem, ninguém precisa ver o outro fraco para se sentir forte, ninguém tem a necessidade de estar acima do outro para se sentir seguro na relação ou consigo próprio. Em situações esporádicas você pode ver um jogo de poder, mas com uma finalidade útil para o relacionamento, esta é a diferença entre o sadio e o doente. Por exemplo, quando alguém assume as rédeas de uma situação pensado no bem da relação, ela assume uma posição de “superioridade” no sentido de liderança para guiar a relação para um caminho positivo. Logo após, o indivíduo abandona a sua posição de superior, pois não tem a necessidade de permanecer nesta condição, pois isso não representa nada para ele, pois isto não acrescenta no seu bem estar. Esta pessoa já é suficientemente resolvida consigo própria, segura, equilibrada a ponto de não necessitar de autoafirmação. Uma posição de dominante para alguém deste tipo é algo banal.

            Que lindo, não é? Eu caso agora com alguém deste tipo (brinquei, estou comprometido). Mas veja bem, John Locke ficaria orgulhosíssimo desta pessoa, pois ela respeita um direito inalienável do ser humano que é a igualdade. Não deve ser lindo duas pessoa convivendo como iguais, sem uma precisar do mal da outra para se sentir bem? É Liiiiiindo, cara.

b) Já tratei da relação de duas pessoas sadias e vimos como seria bonita, uma be-le-za. No segundo caso, quero tratar da relação de uma pessoa sadia com uma submissa. Cara, uma pessoa sadia como a que eu descrevi (segura, resolvida, equilibrada e que respeita a igualdade) pode ter um relacionamento maravilhoso com uma pessoa submissa também. A diferença crucial entre o caso da pessoa bem resolvida com a pessoa doente mental é que a primeira não terá necessidade de piorar a situação da pessoa submissa, com baixa estima e com dificuldades de defender os seus ideais. Uma pessoa bem resolvida pode se encaixar perfeitamente com uma pessoa submissa, principalmente se a bem resolvida buscar compreender bem a submissa e procurar meios de sanar as suas deficiências.

Espera-se que a bem resolvida conduza a relação, não por ela se impor como dominante, mas pelo fato de o outro se auto colocar como não dominante, numa posição de “inferior”. Como o outro que convive com o submisso não possui a necessidade de se afirmar, espera-se que ele não se deixe seduzir pelo poder que lhe foi concedido espontaneamente pelo submisso e não procure meios de “pisá-lo” ou afetá-lo negativamente de alguma forma. Cara, se tu é bem resolvido, respeita os submissos, eles merecem alguém que cuide deles!

Com isso, imagino que deu para esclarecer o que é o tal do relacionamento neutro e como ele se manifesta em contraposição ao relacionamento doentio das pessoas que possuem a necessidade de estar acima do outro na relação. Neutralidade é basicamente a ausência de jogos de poder com fins negativos, que fazem mal ao relacionamento. Vimos também que é possível alguém ser a cabeça do relacionamento e isso não prejudicar em nada o mesmo. Para tanto, é necessário que o indivíduo tenha como objetivo o bem estar do relacionamento e que ele não se deixe seduzir pelo poder que ele possui no momento. Isso é o que se espera de uma pessoa bem resolvida, segura e equilibrada.

Vale a pena deixar alguns conselhos aqui no final:

  1. Se você for sensato, evite pessoas doentias.
  2. Se você pretende mudar a cabeça de uma pessoa doentia, boa sorte.
  3. Se você for uma pessoa doentia, procure tratamento psicológico.
  4. Se você for uma pessoa submissa, cuidado com quem se envolve.
  5. Se você é uma pessoa bem resolvida, segura e equilibrada: PARABÉNS, você é ótima para se relacionar. Não se iluda com o poder.

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(Anderson Yankee)

COMO CONQUISTAR PESSOAS MUITO SEGURAS OU CONVICTAS DAS SUAS QUALIDADES (“SE ACHA”)

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Tenho duas notícias para você, uma boa e uma ruim. Quer qual primeiro?

Vamos para a ruim: Não existe fórmula mágica para conquistar nenhum tipo de pessoa.

Agora a boa: Existem maneiras de lidar com este tipo de pessoa (as muito convictas das suas qualidades, que geralmente as pessoas dizem que elas “se acham”) que podem ciar aberturas para você conquista-la.

                Primeiramente, vamos definir de que tipo de pessoa estamos falando. Como o título do texto sugere, trataremos de dois tipos de pessoas que não bem diferentes, são, por um lado, as pessoas que apresentam segurança emocional e as que possuem segurança justamente por terem muita convicção nas suas qualidades. No fim, quero chamar atenção especificamente para o caso daquelas que têm muita segurança por serem convictas da sua beleza (esse é um caso especial).

[1] Resumindo, uma pessoa é segura quando é bem resolvida emocionalmente, ou seja, é uma pessoa que não apresenta traumas emocionais. Esta pessoa se conhece bem, sabe do que é capaz e do que não é, sabe o que quer e o que não quer, se contenta com o que tem e com o que não tem, é equilibrada, geralmente não é ansiosa e nem impulsiva. Estas são características geralmente presentes nas pessoas seguras. Estas são seguras basicamente por serem bem resolvidas e, em detrimento disso, se mostram equilibradas.

No caso citado, o fator emocional é determinante para a pessoa ser segura. [2] Porém, há outro tipo de pessoas que possuem “segurança” e não são bem resolvidas emocionalmente, são as pessoas convictas das suas qualidades. Então, neste outro tipo de pessoas, a segurança provém justamente desta convicção em qualidades como beleza, bens, inteligência, prestígio, etc.

Como era de se esperar, como é de se imaginar, se são dois tipos diferentes de pessoas, são duas maneiras diferentes de proceder.

[1] Para as pessoas seguras, aquela questão da notícia ruim se aplica perfeitamente: Não há fórmula definida para conquistar uma pessoa segura (bem resolvida).

# Uma pessoa bem resolvida geralmente tem em mente de maneira bem definida o que ela quer, então um meio de conquista-la é correspondendo ao que a pessoa quer.

# Uma pessoa bem resolvida geralmente usa bastante a razão, a lógica. Então, usar a lógica com este tipo de pessoa também pode ser um meio efetivo de chamar a atenção dela.

# Uma pessoa bem resolvida geralmente valoriza o caráter, então ser [não parecer] uma pessoa verdadeira, de bom caráter também pode ser efetivo para chamar a atenção deste tipo de pessoa. Porém, isso é relativo, pois ser uma pessoa segura não implica ser uma pessoa de caráter, então uma pessoa segura pode muito bem se interessar somente por bens materiais, ostentação, farras, etc. Mas este tipo de pessoa não pode ser conquistada, ela é comprada, então não convém tratar dela neste texto que trata de conquista.

# Uma pessoa bem resolvida geralmente dá valor a momentos agradáveis, então proporcionar a ela momentos agradáveis é um bom começo.

# Uma pessoa segura também, geralmente, admira a segurança dos outros. Isto acontece porque para ela se tornar segura ela provavelmente superou a insegurança e uma série de comportamentos de pessoas inseguras. Isso pressupõe que ela não aprecie os comportamentos de pessoas inseguras. Então, seja seguro(a) também.

# Converse bastante com uma pessoa segura, isso permite mostrar que você é uma pessoa de caráter, que você usa a lógica, que tem um bom discurso, que você é seguro. Conversar é sempre bom.

# Por fim, faça a pessoa sorrir. Todo mundo gosta de sorrir. Só não seja babaca J

                Estes são alguns elementos que eu notei em pessoas seguras que eu já conheci. Como eu já disse, não existe a fórmula perfeita para conquistar uma pessoa ou qualquer pessoa que seja, pois o que conquista uma pessoa é algo relativo. Até a falta de caráter pode conquistar alguém. Pois é, tem gente pra gostar de qualquer coisa. Creio que a dica mais valiosa das que foram citadas é “converse bastante”, pois isto permite a você conhecer a pessoa, perceber o que ela gosta. Neste caso, você precisa ser inteligente também para poder notar o que a pessoa gosta, o que pode conquista-la, o que pode fazer ela notar em você. Então, ressaltando, converse com quem você quer conquistar.

[2] Passando ao segundo caso, o das pessoas convictas de suas qualidades, tais como beleza, posses, prestígio e inteligência, vamos observar algumas atitudes e modos de proceder mais objetivos. Vamos analisar caso por caso, ou melhor, analisar dois casos que são essenciais para entender no geral como as pessoas convictas de suas “qualidades” são e como agir com relação a elas.

  1. BENS/POSSES MATERIAIS – Bom, as posses de uma pessoa passam confiança para ela, isto é fato. Uma pessoa com um bom montante de dinheiro ou carrão, ou coisas mais simples como roupas de marca, um celular top, voltas e pulseiras tende a se sentir mais segura com relação, principalmente, às pessoas que não possuem coisas do tipo ou possuem coisas inferiores do ponto de vista monetário. Um fator marcante nesse tipo de pessoa é que a confiança dela se funda nas suas posses e a posse em si proporciona a sensação de superioridade na pessoa.

                Há pessoas que vão a uma balada e se sentem superiores às outras pessoas pelo que elas estão vestindo, é um exemplo que pode ser percebido facilmente. E há pessoas que vivem baseadas nisso, e acabam acreditando que o que elas possuem as torna melhores. Consequentemente, estas pessoas esperam que as outras as trate com privilégios, que as pessoas se submetam a elas, que as pessoas assumam uma posição de inferioridade com relação a elas.

                Com isso, não quero dizer que as pessoas convictas de serem especiais por conta das suas posses materiais sejam arrogantes, pois elas podem ser pessoas ótimas, pessoas agradáveis. Mas, acontece que esta pessoa espera no âmbito que as pessoas se coloquem em posição inferior a elas, que as pessoas se submetam, e elas podem exigir ou determinar isso da maneira mais amorosa possível. A arrogância não é uma característica inerente a estas pessoas [isto é relativo], mas sim o fato de elas se sentirem superiores por conta do que possuem (de material).

  1. BELEZA – Bom, algumas pessoas que são atraentes tendem a ser mais seguras por conta da sua beleza. Em alguns casos, estas pessoas sofrem um assédio acima do normal, se comparado a pessoas consideradas de beleza normal ou sem nenhuma característica que chame muita atenção da maioria das pessoas, então estas pessoas podem acabar criando uma segurança exacerbada, o sentimento de superioridade, bem como foi colocado no caso das pessoas confiantes por conta de suas posses materiais. É desse caso específico que tratarei: das pessoas que criaram essa segurança e sensação de superioridade por conta do assédio que recebem por conta da sua beleza.

Da mesma maneira que foi colocado no caso das pessoas que criam segurança por conta de suas posses materiais, as pessoas que criam segurança por conta do assédio que sofrem também têm certas expectativas com relação aos outros. E as expectativas deste tipo de pessoa são bem como as citadas no primeiro caso: Elas demandam submissão, uma posição de inferioridade por parte das outras pessoas. Estas se apoiam na ideia de que a sua beleza gera um valor para elas e que esse valor as coloca em um patamar mais elevado com relação às outras pessoas. Ademais, também não se deve pressupor que estas pessoas sejam puramente arrogantes, que a arrogância seja uma característica intrínseca a elas, pois, neste caso, esta questão é relativa. Uma pessoa que é confiante por conta da sua beleza pode muito bem exigir de maneira amorosa que os outros se submetam a ela.

Assim, percebemos que são casos bem parecidos. De um caso para o outro o que muda é somente o objeto que gera a segurança nos indivíduos, enquanto que no primeiro caso que foi analisado os indivíduos julgam seu valor e criam sua segurança apoiado no que possui materialmente, no outro caso é pelas características físicas. Agora, eis a questão: Como lidar com pessoas desse tipo visando criar uma abertura para chamar a atenção delas?

Eis a resposta: Acabe com as convicções da pessoa. Assim, na lata! Observe a lógica: Qual a fonte de segurança destas pessoas? As suas convicções. Sendo estas convicções a fonte da blindagem destas pessoas, vá direto na fonte, destrua a fonte e acabe com a blindagem delas. Deixe estas pessoas vulneráveis.

Alguém pode estar se perguntando: Mas como fazer isso? Pois bem, explicarei.

Estes dois tipos de pessoas não criaram estas convicções atoa, do nada ou por acaso. Estas convicções são criadas devido a fatos que acontecem com estas pessoas, o mais comum é o assédio constante ou até mesmo um assédio razoável, nada de exacerbado, mas por uma pessoa não ter maturidade para lidar com o assédio ela cai neste vício de achar que é superior pelo que tem ou pelas suas características físicas. Então, esta convicção formada a posteriori se manifesta como um hábito (vício) > A pessoa se habituou a se achar superior devido ao assédio; e o que é o assédio senão a afirmação de que a pessoa é especial ou possui algo especial!

Exemplo prático [1]: Uma pessoa é muito bem de vida e as pessoas a tratam de maneira especial, submetem-se a esta pessoa por conta de sua condição financeira > Esta pessoa pode se habituar à ideia de que é especial e que os outros devem se submeter a ela por conta da sua condição financeira privilegiada.

Exemplo prático [2]: Uma pessoa é bastante atraente e sofre um assédio constante, as pessoas trata ela de maneira especial, submetem-se a ela > Esta pessoa pode se habituar à ideia de que merece privilégios, ter as pessoas aos seus pés por conta da sua beleza.

Estando estas pessoas habituadas à ideia de que são – por conta de suas posses ou beleza – especiais ou superiores aos outros, elas possuem uma defesa bastante difícil de se penetrar, é uma defesa chamada “eu não preciso me importar com certas situações, pois as pessoas vivem nos meus pés”. Esta ideia que paira na cabeça destas pessoas poupa elas de estresses, permite que elas façam pouco caso de situações ou de pessoas, pois há diversas outras situações para viver e diversas outras pessoas nos pés delas. Isso é um consolo para estas pessoas. Isto é uma dificuldade/barreira que uma pessoa que tenta conquistar alguém deste tipo tem que passar.

Surge então a questão: Estas pessoas se acham especiais e que os outros devem se submeter a elas, mas também elas fazem pouco caso de quem se opõe a elas, pois há diversas outras pessoas nos pés delas e este assédio é o consolo delas. Como passar por isso? Simples, não sendo uma das pessoas que está no pé dela, não sendo igual a todos que assediam a pessoa. É isso que irá quebrar o escudo da pessoa. Explicarei.

  1. a) A pessoa é convicta de que é especial e superior
  2. b) A convicção reside no assédio

* COMECE NÃO ASSEDIANDO E VÁ INVESTINDO EM OUTRAS ATITUDES SIMPLES, MAS QUE SÃO MARCANTES:

  • NÃO ASSEDIE, MOSTRE QUE PARA VOCÊ O QUE A PESSOA TEM DE ESPECIAL PARA OS OUTROS NÃO É NADA DEMAIS PARA VOCÊ
  • NÃO ASSEDIE, MOSTRE QUE UMA COISA QUE NÃO É EVIDENTE NELA É MAIS ESPECIAL PARA VOCÊ DO QUE O QUE TODO MUNDO ACHA
  • NÃO ASSEDIE, MOSTRE QUE VOCÊ NÃO TEM INTERESSE, MESMO QUE TENHA (MAS, SEM SER ARROGANTE).
  • NÃO ASSEDIE, MAS SEJA GENTIL E PERMANEÇA POR PERTO
  • NÃO ASSEDIE, MAS PROCURE CRIAR LAÇOS, VÍNCULOS
  • NÃO ASSEDIE, CONVERSE BASTANTE SOBRE ASSUNTOS QUE NÃO TEM NADA A VER COM AQUILO QUE TODO MUNDO ASSEDIA NA PESSOA

O resultado esperado é que a pessoa se sinta confusa por encontrar alguém que não corresponda ao que ela espera, ou seja, que não se submeta, que não assedie, que não tenha interesse naquilo que é a fonte da blindagem dela. Este tipo de pessoa, como já foi dito, espera que as pessoas ajam de determinada forma com elas, elas já esperam ser assediadas, bajuladas, exaltadas, etc., e quando isto não acontece elas tendem a ficar confusas, contrariadas e até interessadas na pessoa para tentar provar que elas são iguais a todas que assediam elas. Ou seja, estas pessoas já pressupõem de imediato que todas as pessoas que se relacionam com elas são iguais, que têm interesse nelas por conta daquilo que é a fonte da blindagem delas e, para provar que as pessoas são de fato todas assim elas podem se ceder mais tempo à pessoa que a contrariou. Estas pessoas praticamente não suportam a ideia de que alguém não dá valor àquilo que ela tem de especial, por isso elas vão tentar fazer a pessoa começar a assediá-la. BEM, ESSA É A ABERTURA! Neste estágio você conseguiu chamar a atenção da pessoa, agora pode investir em conquistar a pessoa. Para tanto, as dicas que foram dadas para se aproximar/chamar atenção de uma pessoa segura são válidas.

Porém, um elemento que se manifesta comumente entre as pessoas que possuem segurança por conta da convicção de que são superiores por conta de sua beleza ou posses quando alguém começa a chamar a atenção delas é o fator INSEGURANÇA. Geralmente estas pessoas possuem dificuldade para acreditar nas pessoas, justamente por elas não estarem acostumadas com alguém que não se encaixe dentro daquele padrão que elas estão acostumadas, ou seja, pessoas que as assediem. Então, elas geralmente se encontram inseguras, confusas, com dificuldade para acreditar que alguém possa ser diferente. Isso requer paciência.

Diante de tudo que foi colocado, é perceptível que lidar com este tipo de pessoas não é fácil, requer esforço, estratégia e paciência. É mister pensar duas vezes se você quer mesmo se envolver com alguém desse tipo.

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(Anderson Yankee)

99% DOS BRASILEIROS SÃO HOMOFÓBICOS! SERÁ?

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Ontem à noite eu assisti um vídeo de um grande pensador contemporâneo brasileiro e lá o mesmo dava uma informação de que 99% dos brasileiros são homofóbicos. Fiquei, de imediato, super espantado e resolvi pesquisar mais sobre o assunto. A minha curiosidade residia em saber qual critério tinha sido usado para determinar essa estatística, afinal eu percebo que é bastante indeterminada essa questão de o que é realmente a homofobia. Afinal, o que caracteriza a homofobia? Desde que surgiram as discussões públicas sobre que eu não tenho uma visão clara sobre o tema.

Há quem diga que homofobia é simplesmente o desrespeito para com os homossexuais. Mas que tipo específico de desrespeito? Afinal, é visto hoje em dia as pessoas se sentirem desrespeitadas por até um olhar, uma brincadeira. Então, a homofobia seria caracterizada por coisas desse tipo ou por algo mais grave, como uma agressão física, um discurso de ódio, negação de direitos em virtude da não aceitação da opção da outra pessoa? Não sei ao certo o que é homofobia, de fato. Creio que a caracterização de uma ação como homofóbica depende da interpretação, então isto a torna uma questão polêmica, controversa e sem consenso. Nesse caso, como já vimos, fica difícil dizer ao certo o que é homofobia. Por isso a questão da informação de que 99% dos brasileiros são homofóbicos me chamou atenção. Não seria essa informação algo provindo de uma má interpretação?

Antes de entrar na questão da informação em si, gostaria de destacar que outra problemática a respeito da homofobia, que a do problema da própria palavra homofobia. Ela é composta de “homo”, que remete à homossexualidade e “fobia”, que é um medo persistente e irracional de um determinado tipo de objeto, animal, atividade ou situação. Acho que fica evidente qual o problema por trás dessa palavra, ou seja, a parte que diz respeito à fobia. Afinal, as pessoas não aceitam, apresentam intolerância, excluem, desrespeitam um homossexual por medo? Certamente que não. Isso pode melhor ser explicado pela falta de educação, pelo preconceito e mau caráter das pessoas que não aceitam a escolha dos outros, mas pelo medo, não vejo como. Isso contribui ainda mais para a questão de como é difícil definir o que é homofobia.

Enfim, como já disse, pesquisei sobre o assunto e me deparei com isso:

homofobia

 À primeira vista eu pensei: MAS QUE POOORRA É ISSO? MAS O QUE ESSE POVO TEM NA CABEÇA? NÃO É POSSÍVEL!!! QUNTA BURRICE, NÃO É POSSÍVEL! Depois me acalmei e refleti sobre o assunto.

Olha só o problema que isso dá:

  1. Os brasileiros precisam ser reeducados; Isto é certo! Mas, vamos deixar bem claro que é preciso ter cuidado com essa reeducação. É preciso haver uma reeducação no sentido de conscientizar as pessoas de que não há nada demais em uma pessoa escolher outra do mesmo sexo para ficar, dar uns amassos, namorar, noivar, casar, enfim, relacionar-se amorosamente. O que não pode é haver uma iniciativa que pretenda tornar o mundo inteiro homossexual, isso daí seria a iniciativa do nazismo ao inverso.

Atualmente vejo pessoas sendo recriminadas por não quererem ter filhos homossexuais e até mesmo por se dizerem heterossexuais. O que há demais nisso? Seríamos todos obrigados a desejar a homossexualidade? Não, pois assim como a homossexualidade é uma escolha que deve ser respeitada, a heterossexualidade deve ser do mesmo jeito. Quanto à questão de ter ou não filhos homossexuais, creio que os pais devem e tem o direito de criar seus filhos com os valores que bem entenderem – de preferência pautado no respeito ao outro –, no entanto, que estejam também cientes de que seus filhos podem escolher serem homossexuais. Neste caso, que a consciência predomine e que eles aceitem a escolha do seu filho. Respeito é a chave para a questão.

  1. É evidente a má intenção por trás da pergunta feita para determinar que os brasileiros são homossexuais. Primeiramente usam o elemento religioso dentro da pergunta, no caso, Deus. Ora, o povo brasileiro é predominantemente cristão, então se você faz uma pergunta colocando o nome de Deus, ainda mais perguntando se Deus é responsável pela criação de algo, e este algo é justamente a pessoa a quem você está perguntando, pessoa esta que sabe que tem lá na bíblia que Deus é responsável pela criação de tudo, é de se esperar que esta pessoa concorde com você. Para completar, a pergunta ainda contém uma obviedade, que é se o homem e a mulher são feitos para fazer filhos. Quem negaria isso? Qualquer pessoa de bom senso, crente que seja, responderia em concordância com isso.

O mesmo caso seria se alguém fizesse a mesma pergunta a um ateu excluindo do questionamento o elemento religioso. A pergunta seria: “O homem e a mulher possuem sexos diferentes para que cumpram seu papel e tenham filhos?” Que pessoa no mundo negaria isso? Até quem nunca foi à escola, mas tenha consciência do que é sexo e as suas consequências, saberia disso.

Como discordar disso? Essa é a questão! Aprendemos na escola, lá nas aulas de ciências que o homem tem um órgão genital diferente do órgão genital da mulher e que eles, entre outras funções, servem para possibilitar a reprodução de uma maneira natural. Por acaso, está errada esta informação? Se sairmos da escola e formos para a vida em si, verificaremos que o órgão genital masculino e o feminino, em determinadas condições, através do sexo possibilitam a reprodução natural. Então, como negar o óbvio?

Diante de todas estas considerações, acrescente o fato de estas pesquisas serem feitas na rua, geralmente em locais movimentados como centros comerciais de cidades, shoppings ou até praias. Estes são lugares onde as pessoas ou estão se divertindo, ou estão com pressa, ou não estão com paciência, não querem ser incomodados, salvo exceções. Bem, imagine a maneira como as pessoas que foram abordadas respondem a estas questões, certamente não é com paciência, com cautela, refletindo sobre a questão e suas implicações.

Mas será que a empresa (órgão) que realizou a pesquisa não sabia de tudo isso, será que foram inocentes? Certamente que não. A pesquisa foi encomendada pelo governo vigente no país, no caso era o do Lula (presidente do Brasil em 2009 – PT), e governo não faz pesquisa atoa, ainda mais uma pesquisa deste tipo, que envolve um país inteiro. Nenhum governo seria bobo de rotular um país inteiro de homofóbico. É percebida a má índole da pesquisa, feita de propósito tendo em vista obter um certo dado para – creio eu – manipular decisões de caráter político, para justificar medidas futuras. E a julgar pela índole da pesquisa, que no caso é o meio para justificar certas atitudes, estas, por sua vez, seguirão o mesmo mau caráter.

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(Anderson Yankee)